Comprei muita coisa, e agora?

Depois de tantas dicas de compras chegou a hora de comentar um pouco sobre como trazer tanta coisa pro Brasil. Se você seguiu a nossa dica e levou pouquinhas coisas, ou se abriu mão de metade das coisas que levou em prol de muito mais espaço para roupas novas na sua mala, muito bem! Aposto que você terá muito menos problemas e dores musculares por conta de malas pesadas.

Rodoviária de San Fran - Todas aquelas malas são nossas!

Principalmente se você for viajar pelos Estados Unidos no Grace Period, ter poucas bagagens com você resultará em menos dor de cabeça e menos gastos com excesso de bagagem. É verdade que nos Estados Unidos os vôos internos são bem baratos, mas em compensação você não tem direito de despachar nenhuma bagagem sem custo adicional. Viajamos pela Delta, pela AA e todas elas cobram em média $25 pela primeira bagagem, $30 pela segunda e assim sucessivamente. Isso se a mala não ultrapassar o limite de peso, que é de 50 pounds, o que equivale a mais ou menos 23 quilos. Se sua bagagem ultrapasar este limite de peso você paga 25 dólares mais o equivalente aos “pounds” ultrapassados, ou seja, com tantas despesas com bagagem o saldo final acaba saindo maior que o esperado.

Se você for fazer viagens de ônibus o esquema é mais ou menos o mesmo. Nos usamos o Greyhound para ir de São Franscisco para Los Angeles e de Los Angeles para Vegas – a passagem de ônibus era mais barata, as distâncias eram curtas e embora haja controvérsias o ônibus é super confortável, com tomada pra carregar o notebook e wi-fi, coisa que as empresas aéreas não oferecem, por exemplo. Se você optar por fazer algum trecho da sua viagem de ônibus fique atendo a questão da malas também. No Greyhound você tem direito a despachar uma mala gratuitamente, respeitando o limite de tamanho e peso, e pela segunda mala você paga 10 dólares. Bem mais barato, mas ainda assim é mais gasto e mais mala pra ficar puxando. Haja braço e costas!

Aeroproto de Madison - Rumo a Califórnia

Bom, diante disso, indico como opção mandar um bocado de coisas pelo correio. A gente chegou a ver os preços, pegar caixas nos correios e tudo mais, mas como deixamos pra muito em cima da hora acabamos deixando de lado essa idéia, algo que eu me arrependo, visto que minha viagem teria sido mais barata e menos cansativa se eu tivesse menos bagagem comigo. Infelizmente não vou lembrar os valores e tal, mas indico vocês a irem aos correios e se informarem. Lembro que há vários tamanhos de caixas e valores. Num deles, o que parecia mais viável pra gente, era uma caixa que você pagava 90 dólares e podia colocar até 10 quilos nela. Pode parecer pouco, mas com relação a  roupas isso equivale a bastante espaço na sua mala. Fica aí, uma dica bem legal: registre sua bagagem como roupas velhas, por isso arranque a etiqueta de todas e diga que tudo o que está dentro não chega a valer 50 dólares. Desse modo você não terá problemas com alfândega e sua caixa vai chegar com segurança no destino final. Para os medrosos de plantão, o máximo que pode acontecer é sua caixa ficar presa na alfândega e você pagar um pequeno valor para retirá-la.

Agora falando da chegada ao Brasil… Já no avião você tem duas opções: preencher o questionário que a aeromoça te dar e assumir que tem que pagar a tarifa ou negar que está com excessos de produtos. Eu optei pela segunda opção, visto que as consequências de uma mentira descoberta não acarretariam grandes problemas na minha vida. Com muito mais que 500 dólares em eletrônicos, pendurei minha câmera no pescoço, joguei Ipod no bolso e enfrentei com a cara e a coragem (tá, nem tanta coragem assim) aquele balcãozinho da alfândega. Entreguei minha declaração de que não tinha nada a declarar e simplesmente me mandaram seguir adiante. A coisa foi tão fácil que não acreditei que a tão temida alfândega era apenas aquilo. Mas era. O cara nem olhou pro meu carrinho abarrotado e eu estava livre, e com um saldo positivo de dólares no bolso.

Não sei se todos tem a mesma sorte, provavelmente não. Embora eu ache que a maioria não tem, visto os casos que conheço. Isso varia um pouco de aeroportos. Normalmente se você chegar dos Estados Unidos nos aeroportos do Rio e São Paulo a alfândega é bem relaxada, até pelo volume grande de vôos, e consequentemente, de passageiros que desembarcam a todo momento.

P.S.: Compre uma balança para pesar suas malas. Isso vai evitar surpresas, perda de tempo e desespero nos aeroportos. Vi tanta gente abrindo mala no aeroporto, passando itens da mala mais pesada para a mais leve. Dica: no Walmart tem uma sessão só de viagens, e lá a nossa balança custou apenas 7 dólares. E além de tudo é bem pequena, não ocupa espaço nenhum.

P.S.2.: Os carrinhos para carregar malas nos aeroportos dos EUA são pagos. Ta aí mais um gasto ou caso contrário se você, assim como a gente, se negar a pagar, mais um lugar pra ficar carregando mala.

P.S.3: Se você precisar comprar malas em Dells não deixe pra em cima da hora. Dê uma pesquisada pelo WalMart e pelo Outlet porque não é das coisas mais fáceis de comprar não, principalmente porque eles costumam vender um combo de malas, com umas 4 ou 5 malas de tamanhos diferentes, sendo que você só quer uma, ou duas. Fique atento a isso e pesquise para economizar mais.